Resumo em Português



Silvana Nunes de Queiroz
Professora do Departamento de Economia da Universidade Regional do Cariri (URCA), Dra. em Demografia, Coordenadora do Observatório das Migrações no Estado do Ceará.

Ricardo Ojima
Doutor em Demografia d a Unicamp, Professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN),Presidente da Associação Brasileira de Estudos Populacionais - ABEP - de 2017-2018 e 2019-2020

Balanço da migração do e para as metrópoles do Nordeste (Fortaleza, Recife e Salvador)

O objetivo deste trabalho é analisar e comparar a migração interestadual do e para os municípios da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), Região Metropolitana do Recife (RMR) e Região Metropolitana de Salvador (RMS), e saber se as causas e os motivos da perda, rotatividade ou retenção/atração migratória, em pleno século XXI, ainda se relacionam com questões de ordem econômica e dinâmica do mercado de trabalho. Os microdados dos Censos Demográficos 2000 e 2010 são a principal fonte de informações. Os resultados mostram mais ‘gaps’ do que semelhanças entre as RMs e entre os seus municípios. As metrópoles (RMR e RMS) e núcleos metropolitanos (Recife e Salvador) com os melhores indicadores socioeconômicos, figuram com as maiores taxas de desemprego, e apresentam os maiores saldos migratórios negativos, sendo áreas de perda populacional. Por sua vez, a metrópole (RMF) e capital/núcleo (Fortaleza) com rendimento menos expressivo, possui a menor taxa de desemprego, são áreas de retenção populacional (1995/2000) e áreas de rotatividade migratória (2005/2010). Portanto, no século XXI, não há uma relação direta entre crescimento econômico, renda e atração de migrantes, mas permanece há relação atração migratória-emprego. Nesse sentido, as migrações estão mais complexas de serem estudadas, necessitando de outros elementos que justificam a retenção, rotatividade ou perda migratória nas RMs em estudo, sendo necessárias outras teorias para explicar tal dinâmica.

Resumo em Inglês - Texto

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